segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Santo Antônio

No texto de hoje vamos conhecer um pouco da história do nosso padroeiro, Santo Antônio de Pádua.

É engraçado que seu nome de batismo não era “Antônio” e a sua terra natal não era Pádua (também chamada Padova, na Itália). Ele nasceu entre 1188 e 1195, em Lisboa, batizado como Fernando de Bulhões, mas adotou o nome “Antônio” quando entrou na Ordem dos Frades Menores, em homenagem a Santo Antão (Antonius, em latim), padroeiro do convento. A cidade de Pádua ficou marcada por Santo Antônio devido a sua atividade ali, em 1231.

Ele veio de uma família nobre, provavelmente. Sabe-se que ele tinha irmãos, mas apenas o nome de uma irmã é conhecido – Maria, que faleceu três anos após a canonização de Santo Antônio. Os poucos relatos sobre sua infância e adolescência contidos em suas biografias contam que ele era de boa índole e caridoso com os pobres, atitudes que aprendeu de sua mãe.

Desenvolveu o gosto pelos estudos e pela vida religiosa por influência de um tio seu, que era Cônego e professor da escola da Catedral de Lisboa. Ainda assim, teve dificuldades para entrar no mosteiro, devido à resistência da própria família.

No começo de sua caminhada na vida religiosa, enfrentou desilusão ao não conseguir encontrar paz para seus estudos e ao ver a corrupção de alguns dos seus superiores. Entretanto, em certa ocasião, foram enterrados no mosteiro de Coimbra – onde estava Fernando – cinco mártires, assassinados em Marrocos por pregar o Evangelho. O ardor missionário desses missionários e a vida simples dos frades o impressionou, e ele tomou a decisão de entrar para a Ordem dos Frades Menores e se tornar um missionário. Foi então que ele trocou de nome para Antônio.

Como missionário, foi enviado a Marrocos. Mas, logo ao chegar, ficou doente, e precisaria voltar para cuidar da saúde. No caminho de volta para a Península Ibérica (Espanha e Portugal), o navio em que estava teve problemas devido a uma tempestade, e acabou ancorando na ilha da Sicília, na Itália, ao sul da cidade de Messina. Ali, os frades o ajudaram a recuperar a saúde.

Foi então para Monte Paolo, ainda na Itália, onde ficou encarregado de lavar a louça e de cuidar da limpeza do eremitério (local para uma vida retirada – onde vivem os eremitas). O local era ideal para que Antônio fizesse uma revisão de sua vida, que parecia até então ser um fracasso.

Na ocasião de sua ordenação sacerdotal, o dom da pregação se manifestou. Após a ordenação, houve uma confraternização no convento dos dominicanos. Ninguém queria fazer a alocução (um breve discurso), de maneira que o guardião dos Frades Menores pediu a Antônio que falasse o que o Espírito Santo lhe inspirasse. E ele fez exatamente isso. Antônio foi simples e seguro, dominou o tema, argumentou bem e prendeu a atenção de quem o ouvia. Tornou-se pregador.

Em sua pregação, combatia as injustiças, desordens sociais, a exploração dos pobres e a má vida de alguns setores do clero. Nas disputas com os hereges, tinha sucesso. Foi incumbido por Frei Francisco (São Francisco de Assis) de ensinar Teologia aos irmãos.

Poucos anos depois, foi enviado à França, para ensinar Teologia aos irmãos de lá. Recebeu o apelido de “martelo dos hereges”, por esmagar os argumentos dos adversários. Conta-se que o arcebispo Simon de Sully mudou de vida após ouvir uma pregação de Antônio.

Voltou à Itália, e ao longo de várias viagens pelas cidades italianas, não teve o mesmo sucesso. Depois, acabou fixando domicílio em Pádua, visto que sua saúde inspirava cuidados. Na Páscoa de 1228, o Papa Gregório IX ouviu um sermão de Antônio que o deixou impressionado.

Em Pádua, passou poucos meses elaborando esquemas de sermão. Em 1231, pregou por 46 dias seguidos (durante a Quaresma), e na sequência de cada pregação atendia confissões acompanhado de vários sacerdotes, tamanha era a vontade dos ouvintes em receber o Sacramento da Volta. Estima-se que o público ouvinte pode ter chegado a trinta mil pessoas em alguns destes dias. Foi por causa disso que ele passou a ser conhecido como Antônio de Pádua. Muitas conversões aconteceram e famílias rivais selaram a paz.

Entretanto, sua saúde estava muito fragilizada. Para se tratar dos edemas, retirou-se acompanhado de dois outros frades para uma cela no bosque em Camposampiero, nos arredores de Pádua. Em uma viagem de volta à Pádua, morreu. Suas últimas palavras foram: “Estou vendo o meu Senhor”. Morreu no dia 13 de junho de 1321, em torno dos 40 anos de idade.

Tamanha era sua fama de santidade que houve brigas entre as cidades para ver onde enterrá-lo. O tempo entre a sua morte e sua canonização foi de cerca de um ano apenas. Trinta anos após a morte, seus restos foram transladados para uma basílica construída em sua honra. Verificou-se que o aparelho fonador (língua, etc.) permanecia intacto após esse tempo, o que pode ser visto como um sinal de sua santidade e de seu dom mais manifesto – a pregação.

Além dos milagres realizados após a morte, concluiu-se que deve ter realizado milagres em vida. Há biografias (e talvez algumas lendas) sobre milagres extraordinários realizados por meio dele, como por exemplo a capacidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo (bilocação).

Ele é conhecido como santo dos pobres, por causa de sua denúncia de injustiças sociais; como casamenteiro, por ter ajudado na reconciliação de muitos casais; e como restituidor das coisas perdidas, com milagres relatados após a morte.

Peçamos a intercessão de nosso padroeiro, Santo Antônio, para a orientação de nossas vocações e de nossa caridade. Santo Antônio rogai por nós! Amém.

Por Tobias Petry

sábado, 6 de novembro de 2010

Dia de finados

 O dia dos fieis defuntos é o dia em que nós fazemos memória de nossos entes queridos falecidos. É uma data que reúne em torno da mesma verdade e dos mesmos sentimentos a todas as pessoas independentemente do credo que exerce, da cor que possui. O mais importante é a pessoa estar presente nestes momentos tão difíceis, fazer uma oração e confiar na ressurreição. Cultivar a memória das pessoas falecidas é algo que está enraizado na própria pessoa humana como ser racional.
Quando visitamos as sepulturas de nossos entes queridos, que já partiram para a eternidade, renovamos dentre de nós a gratidão e o amor a eles e asseguramos que os valores por eles ensinados continuam sempre vivos na nossa vida.
A morte não é algo de outro mundo, é um processo natural. O corpo formado pela matéria termina desfeito, ao passo que a alma continua viva para a eternidade. Com a morte assumimos um corpo glorioso.

A teologia católica descreve o sentido da morte, e o celebra na liturgia das exéquias, da seguinte forma:

"Senhor, para os que crêem em vós, a vida não é tirada, mas transformada".
Realmente, a morte, que além do decurso natural é fruto do pecado, é transformada por Jesus Cristo, o Filho de Deus, que sofreu também a morte, própria da condição humana, mas transformou a sua "maldição em bênção" (Cat. 1009).

Segundo a doutrina católica, é preciso reafirmar, com muita clareza que:
- Jesus Cristo é o único Revelador do Pai e das verdades acerca do homem e do mundo.
- a vida é uma só, e depois, a eternidade. Não existem outras vidas terrenas (passadas ou futuras). O cristão, em nome da própria fé, não pode aceitar outra doutrina a não ser a que a Bíblia Sagrada lhe revela, reafirmada pela Tradição e interpretada pelo Magistério.
- Jesus Cristo é o único Salvador que morreu na cruz para a remissão dos pecados, oferecendo a salvação a todos, sem exceção alguma.

Jesus Cristo vence a morte morrendo na cruz, e, ressuscitando dos mortos, nos mostra que o Pai o ressuscita em corpo glorioso. Após a ressurreição Jesus não está mais no tempo e espaço, mas na eternidade. O céu não é um lugar, mas um estado, um estar sem tempo marcado e sem espaço, porque o eterno sempre é. A eternidade, o céu, é estar com Deus para sempre. Acreditamos na ressurreição dos mortos, não acreditamos na reencarnação. Deus pai não coloca alma velha em corpo novo, ele faz novas todas às coisas.


Jovem que é apóstolo de jovem crê e anuncia: não existe reencarnação, mas sim ressurreição!


Por Israel de Nazaré Borges

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Batismo

1) Para que existe o Batismo?
Adão e Eva pecaram gravemente, desobedecendo a Deus, querendo ser iguais a Deus.
Foram, por isso, expulsos do Paraíso. Passaram a sofrer e a morrer.
Deus castigou-os e transmitiu a todos os filhos de Adão, ou seja, a todos os homens, o pecado original.
Mas Deus prometeu a Adão e Eva que enviaria seu próprio Filho, segunda Pessoa da Santíssima Trindade, que seria igualmente homem, para morrer na Cruz e pagar assim o pecado de Adão e Eva e todos os outros pecados.
Mas não basta que Jesus tenha morrido na Cruz. É preciso ainda que essa morte de Jesus seja aplicada sobre as almas para que elas reencontrem a amizade de Deus, ou seja, se tornem filhos de Deus e tenham apagado o pecado original.
Foi então para aplicar seu Sangue derramado na Cruz sobre nossas almas que Jesus instituiu o Sacramento do Batismo.
 
2) Quando foi que Jesus instituiu o Batismo?
Jesus instituiu o Batismo logo no início da sua pregação, quando entrou no rio Jordão para ser batizado por São João Batista. O Batismo de João não era uma Sacramento. Só quando Jesus santifica as águas do Jordão com sua presença e que a voz do Pai se faz ouvir: “Este é meu Filho bem amado, em quem pus minhas complacências”, e que o Espírito Santo aparece sob a forma de uma pomba (foi então uma visão da Santíssima Trindade), é que fica instituído o Batismo.
Essa instituição será confirmada por Jesus quando Ele diz a seus Apóstolos: “Ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”
Leia na Bíblia, no Evangelho de São Mateus, o Capítulo 3, Versículo 13.
 
3) Matéria e Forma
Jesus instituiu, então, o Batismo e determinou que seria usada a água como matéria desse Sacramento. Foi também Jesus quem determinou a forma: “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
O rito da Batismo consiste assim em derramar água na cabeça da pessoa que vai ser batizada, ao mesmo tempo em que se diz a forma.
Mas só isso não basta. É preciso ainda que o ministro tenha a intenção de fazer o que faz a Igreja Católica no Sacramento do Batismo.
A Santa Igreja acrescentou também diversas orações preparatórias que completam a cerimônia. Quem já assistiu a um Batismo sabe que o Padre usa o sal bento, o óleo dos catecúmenos, o Santo Crisma, entrega a vela acesa aos padrinhos, veste a roupa branca no batizado e, principalmente, reza as orações contra o demônio, para que o pai da mentira nem se aproxime do batizado. Esse é o batismo Católico, o único instituído por Jesus, o único capaz de nos tornar filhos de Deus.
 
4) O Ministro do Batismo
Normalmente, o ministro do Batismo é um Padre. É ele quem recebeu de Deus o poder de trazer a Fé ao coração da pessoa batizada, tornando-a filha de Deus.
Mas pode acontecer que seja preciso batizar às pressas alguém. Se não houver um Padre por perto, qualquer pessoa pode batizar, desde que queira fazer o que a Igreja Católica faz no Batismo, que use água e diga as palavras da forma do Batismo.
Além da pessoa que está sendo batizada, do ministro que batiza, há também, na cerimônia do Batismo, os padrinhos, que seguram a criança. Normalmente escolhe-se para padrinhos um homem e uma mulher. Eles devem ser bons católicos, pois a função dos padrinhos é dar o exemplo, ajudar aos afilhados a aprender o Catecismo, a rezar, a conhecer e amar a Deus. São os padrinhos que respondem no nosso lugar as perguntas que o ministro faz durante a cerimônia.
 
5) Os efeitos do Batismo
O Batismo nos dá, pela primeira vez, a graça santificante, que é a amizade e a presença de Deus no nosso coração. Junto com a graça recebemos o dom da Fé, da Esperança e da Caridade, assim como todas as demais virtudes, que devemos procurar proteger no nosso coração.
Apaga o pecado original.
Apaga os pecados atuais e todas as penas ligadas aos pecados.
Imprime na nossa alma o caráter de cristão, fazendo de nós filhos de Deus, membros da Santa Igreja Católica e herdeiros do Paraíso.
Nos torna capazes de receber os outros Sacramentos.
Por isso tudo, vemos que o Batismo é absolutamente necessário para a salvação. Só entra no Céu quem for batizado.
 
6) Existem três tipos de Batismo
Além do Batismo da água, o normal, existem ainda dois outros modos de recebermos o Batismo: o Batismo de sangue e o Batismo de desejo.
O Batismo de sangue é recebido por uma pessoa que, sem nunca ter sido batizada, seja morta por defender a Fé católica. Foi o caso de muitos mártires que morreram por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.
O Batismo de desejo é recebido por uma pessoa que, sem ter como chegar até um Padre, morre sem poder receber o Batismo que desejava receber. Qualquer desses três modos de receber o Batismo é suficiente para nos dar a Fé e assim nos permitir ir para o Céu.





Por Taylor

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tirinha =D









Tirinha de Carlos Ruas

Cores litúrgicas

A Paz de Jesus!

No breve texto de hoje, vamos apresentar uma introdução às cores litúrgicas e ao seu significado.

O uso de cada cor pretende manter a harmonia com a época que a Igreja vive, colocando alguma atitude em evidência – seja de penitência, festa, luto, esperança, etc.

A cor é utilizada em vários objetos, como por exemplo, o antepêndio (parte frontal) do altar e o véu do tabernáculo. Também se aplica às vestes dos celebrantes, de maneira mais visível, na estola, na casula, etc.

O Rito Romano define cinco cores para a liturgia: branca, vermelha, verde, roxa e preta.

Branca: é utilizada no Domingo da Santíssima Trindade, nas festas de Nosso Senhor Jesus Cristo (exceto a Paixão), de Nossa Senhora, dos anjos, confessores, virgens, de vários santos e santas que não foram mártires, em Missas Nupciais, Batismos, na festa de Todos os Santos, e principalmente em ocasiões mais festivas. Entretanto, também é usada nos velórios de crianças. Simboliza luz, pureza, inocência, alegria e glória.

Vermelha: usada nas festas dos apóstolos e mártires, em Pentecostes, na Paixão, na Exaltação da Santa Cruz, etc. Lembra fogo (caridade ardente) e sangue (sacrifício dos mártires).

Verde: usada no chamado Tempo Comum. Indica a esperança da vida eterna.

Roxa: a cor roxa aparece nas Missas durante a Quaresma e o Advento. Usa-se também nos Sacramentos da Penitência e da Unção dos Enfermos. Significa penitência, conversão. No quarto domingo da Quaresma (Laetare) e no terceiro domingo do Advento (Gaudete), pode ser substituída pela cor rosa, por serem dias de mais alegria no meio dos tempos de penitência.

Preta: usada em velórios, simboliza o luto. Têm sido substituída pela cor roxa.

 

Em todas Missas, em todas as igrejas do mundo, em um mesmo dia, estará sendo usada uma mesma cor (exceto por festas e solenidades locais).

Rezamos para que, com essa leitura e com o reconhecimento das práticas litúrgicas orientadas pela nossa Mãe Igreja, possamos cada dia mais viver em sintonia com Ela e com Jesus Cristo, e valorizar em especial o Santo Sacrifício da Missa, onde ele está vivo, à nossa frente, no mesmo sacrifício da Cruz!

Amém!

Fonte de consulta: http://www.newadvent.org/cathen/04134a.htm




Por Tobias

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Tirinha =D










Tirinha de Carlos Ruas

Vestes Litúrgicas

Amito - É um lenço de linho, branco, que recobre as costas, os ombros e o pescoço do sacerdote. Recorda o pano com que os soldados vendaram os olhos de Jesus, para melhor ludibriarem-No. Simboliza o capacete da fé, com o qual venceremos os nossos inimigos. Ao vesti-la, o sacerdote faz a seguinte oração: "Colocai, Senhor, sobre a minha cabeça, o capacete da salvação, para que eu possa resistir às ciladas do demônio".


Alva - É uma túnica talar, de linho branco, que recobre todo o corpo. Recorda a túnica branca de escárnio com que Herodes mandou vestir Jesus. Simboliza a pureza do coração. Ao vesti-la, o sacerdote reza: "Fazei-me puro, Senhor, e santificai o meu coração, para que , purificado com o Sangue do Cordeiro, mereça fruir as alegrias eternas".


Cíngulo - É um cordão branco ou da cor dos paramentos, de seda, linho ou algodão, com que o sacerdote se cinge à cintura. Recorda as cordas com que Jesus foi atado pelos algozes. Simboliza o combate às paixões e a pureza do coração. Ao cingir-se com o cíngulo, o sacerdote reza: "Cingi-me, Senhor, com o cíngulo da pureza e extingui em meu coração o fogo da concupiscência, para que floresça em meu coração a virtude da caridade".



Manípulo - É uma faixa de pano, do mesmo tecido e cor da casula. Tem uns 40 cm de comprimento e uns 12 de largura. É preso ao braço esquerdo. Recorda as cordas com que Jesus foi manietado. Simboliza o amor ao trabalho, ao sacrifício e às boas obras. Ao acomodá-la ao braço, o sacerdote reza: "Que eu mereça, Senhor, trazer este manípulo de dor e penitência, para que possa, com alegria, receber os prêmios dos meus trabalhos".


Estola - É uma faixa de pano, do mesmo tecido e cor da casula e do manípulo. Mede uns oito palmos de comprimento e uns 12 cm de largura. Dá a volta ao pescoço, cruzando ao peito e passando sob o cíngulo, à altura da cintura. Recorda as cordas com que Jesus foi puxado ao Calvário. Simboliza o poder espiritual do sacerdote, bem como a nossa dignidade de cristão e penhor de imortalidade. Ao vesti-la, o sacerdote reza: "Restituí-me, Senhor, a estola da imortalidade que perdi pelo pecado dos nossos primeiros pais; e ainda que eu seja indigno de acercar-me aos vossos Santos Mistérios, possa, contudo, merecer a felicidade eterna.



Casula - É a última veste que o sacerdote usa, por cima de todas as outras. Tem, geralmente, atrás, uma grande Cruz. Recorda a túnica inconsútil de Nosso Senhor, tecida, segundo a tradição, por Nossa Senhora. No Calvário, os soldados não quiseram retalhá-la, mas sortearam-na entre si. Simboliza o suave jugo da Lei de Deus que devemos levar, e que se torna leve para as almas generosas. Ao vesti-la, o sacerdote reza: "Ó Senhor, que dissestes: ' o meu jugo é suave e o meu fardo é leve' (Mt 11, 30); fazei que eu possa levar a minha cruz de tal modo que possa merecer a vossa graça".



Dalmática - É uma túnica originária da Dalmácia. É usada pelo diácono nas Missas solenes. O subdiácono usa, nas Missas solenes, a tunicela, bastante parecida com a dalmática, mas que deve ser um pouco mais curta e menos adornada que esta.





Pluvial - É uma capa comprida, usada pelos antigos em tempos de chuva, como indica o seu mesmo nome. Atrás, em cima, há uma dobra ou capucho, com que os antigos se cobriam a cabeça, à semelhança de algumas capas impermeáveis modernas. O sacerdote a usa nas Bênçãos do Santíssimo Sacramento, nas procissões e outras funções litúrgicas solenes.





Batina ou hábito- Veste talar dos ábades, padres e religiosos, cujo uso diário é aconselhado pelo Vaticano. Alguns sacerdotes fazem o uso do Clerical ou "Clericman" como meio de identificação, sendo esta uma peça única de vestuário, ou seja, um colarinho circular que envolve o pescoço com uma pequena faixa branca central.


Tonsura - Corte circular, rente, do cabelo, na parte mais alta e posterior da cabeça, que se faz nos clérigos, também denominado cercilho ou coroa, em desuso. A "Prima Tonsura" consiste em cerimônia religiosa em que o prelado, conferindo ao ordinando o primeiro grau de clericato, lhe dá a tonsura.





Por Cassiano

Como foi criado o Vaticano?

Em setembro de 1870, quando as tropas de Vittorio Emanuelle II, proclamado rei da recém-unificada Itália, subjugaram e anexaram a cidade de Roma, o papa Pio IX enclausurou-se nos muros do Vaticano. A essa altura, o Risorgimento (ressurgimento) italiano já havia tomado a maioria dos estados papais, e o pontífice, para não se submeter à nova ordem política, rompeu relações com a monarquia e declarou-se um prisioneiro do poder laico. O mal-estar entre o estado e a Igreja finalmente chegou ao fim em fevereiro deste ano, quando o papa Pio XI e o ditador fascista Benito Mussolini, assinaram o Tratado e o Concordato de Latrão, que determinaram a criação do estado soberano do Vaticano, reconheceram o catolicismo como religião oficial da Itália e ainda garantiram à Santa Sé uma polpuda compensação financeira pelas anexações dos rincões papais. Livre depois de quase seis décadas, é o Santo Padre que agora se esbalda com seus poderes de chefe-de-estado, literalmente mandando prender e mandando soltar dentro do Vaticano.
Com a garantia da indenização da administração italiana, de 750 milhões de liras, à vista, e de um bilhão de liras em títulos do governo, o chefe da Santa Sé começou a estruturar uma respeitável aparelhagem estatal. Já existia um diário oficial, o L’Osservatore Romano, e Pio XI, de acordo com seus assessores próximos, planejou estruturar uma rádio oficial para alardear o cristianismo e, claro, a palavra papal. O maior candidato para tocar a empreitada é Guglielmo Marconi. Circulava a moeda corrente do Vaticano, a lira vaticana, com a efígie do sumo pontífice, também aceita na Itália e que tinha valor parelho ao da lira italiana. O serviço postal do Vaticano foi inaugurado. Já o Corpo da Gendarmaria Pontifícia e o Corpo da Guarda do Papa, com suas coloridas fardas desenhadas por Michelangelo, ganharam ainda mais liberdade dentro do Vaticano para assegurar a proteção do agora chefe de estado Pio XI.
Para completar, foi promulgada a Lei Fundamental do Estado do Vaticano, que deu ao sucessor de São Pedro a plenitude dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário no enclave de 0,44 km2 ao norte de Roma e em mais doze edifícios espalhados pela cidade, incluindo o Palácio de Castelgandolfo. Os bens da Santa Sé, sua administração, a biblioteca, o arquivo, a livraria e a tipografia do Vaticano também estavam diretamente subordinados à vontade do pontífice. Tal lei criou a figura do governador, que pode criar regras para a ordem pública na cidade-estado, com a aprovação do Conselho. Porém, a escolha do governador era exclusiva do papa, e podia por ele ser revogada a qualquer momento. Qualquer semelhança com os plenos poderes de Mussolini não era mera coincidência – ao menos para os cartunistas locais, que não se cansavam de produzir caricaturas retratando Pio XI envergando a camisa negra do fascismo e o Duce com a tiara papal em sua careca.



OBS.: Peço desculpa pelo atraso, devido a correria da faculdade, as matérias atrasaram um pouco, mas se tudo correr bem, voltará ao normal.


Por Cassiano

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Paulo e a Evangelização

Papa: São Paulo, modelo de evangelização
São Paulo representa o modelo do anúncio de Cristo, disse Bento XVI durante audiência geral na sala Paulo VI.

08 de setembro de 2008

Retomando o ciclo da catequese sobre a figura de Paulo de Tarso, por ocasião do ano jubilar a ele dedicado, o Papa voltou a oferecer aos fiéis uma reflexão sobre os traços principais da vida do Apóstolo dos Gentios, dedicado “ao anúncio do Evangelho sem poupar energia”.

“Vemos – disse o Pontífice –  um empenho que somente se explica por uma alma verdadeiramente fascinada pela luz do Evangelho, enamorada de Cristo, uma alma sustentada por uma convicção profunda: é necessário levar ao mundo a luz de Cristo, anunciar o Evangelho a todos.”

A reflexão do Santo Padre partiu do nascimento de Paulo, natural de Tarso, na atual Turquia, onde Cícero  também fora procônsul, por volta de ano 8 d.C. Paulo é um hebreu da diáspora que falava grego, tinha um nome de origem latina e  era dotado da cidadania romana.

"Paulo - disse o Bispo de Roma – se apresenta deste modo na fronteira de três culturas diferentes, e talvez  também por isso estava disponível para  fecundas aberturas  universalistas, como se revelou no decurso de sua vida".

São Paulo, prosseguiu, aprendeu também um trabalho manual,  aquele de "fabricação de tendas".

O Papa se  deteve a seguir na formação da juventude de Paulo, que, com a idade em torno de 12-13 anos deixou Tarso e se mudou para Jerusalém, onde foi educado por Gamaliel, o Velho, "de acordo com as mais rígidas normas do farisaísmo e adquirindo um grande zelo pela Torá mosaica."

" Em virtude desta ortodoxia profunda, que aprendeu na escola de Hillel, em Jerusalém –explicou –, entreviu no novo movimento que se inspirava em Jesus de Nazaré um risco, uma ameaça para a identidade judaica, para a autêntica ortodoxia dos  mestres".

Está aí porque, acrescentou, Paulo "perseguiu ferozmente a Igreja de Deus".

Sua conversão ocorreu por volta de 34 d.C. na estrada  para Damasco, na Síria, aonde ele ia com a missão de encarcerar os cristãos daquela cidade.

Bento XVI dirigiu então seu discurso para as viagens missionárias de S. Paulo, para exortar os fiéis a seguir o seu exemplo.

A primeira delas, passando por Chipre e pela Anatólia centro-meridional, na Turquia, foi efetivamente confiada a Barnabé, um judeu levita nascido em Chipre, que fora um dos primeiros a abraçar o cristianismo, depois da Ressurreição de Jesus.

Já a segunda viagem foi empreendida em primeiro lugar por Paulo,  após o chamado Concílio de Jerusalém, no qual os Apóstolos decidiram não impor aos pagãos convertidos a observância da Lei Mosaica.

O Papa recordou depois que, durante a terceira viagem, a Corinto, Paulo escreve a maior de suas cartas, aquela aos Romanos, que representa a síntese de seu anúncio. Durante esta viagem, São Paulo foi detido e posteriormente conduzido preso a Roma.

"Rezemos - exortou então o Santo Padre – para que o Senhor, que fez Paulo ver sua luz, o fez  escutar sua Palavra,  tocou intimamente o seu coração intimamente, também a nós faça ver a sua luz, para que também nosso coração seja tocado por sua Palavra e também nós possamos assim dar ao mundo de hoje, que disto tem sede, a luz do Evangelho e a verdade de Cristo."

Após a catequese, dirigindo umas palavras de saudação aos peregrinos presentes de língua francesa, Bento XVI disse: "Que o exemplo de São Paulo nos ensine a testemunhar Cristo incansavelmente e enfrentar corajosamente as provas da vida para colocá-las sob o olhar de Cristo".

"Coloquemos, como ele, as preocupações das nações em nossas orações e no nosso empenho missionário", encerrou.





O próprio Papa Bento XVI nos trás o exemplo de São Paulo, um dos maiores exemplos de evangelização na história da nossa Igreja. Alguém que teve coragem de assumir o chamado de Cristo de maneira incondicional, sem pensar. Todos sabem que São Paulo (ainda chamado de Tarso) era um perseguidor de Cristãos, mas sabemos também que Cristo o chamou e que ele prontamente assumiu. Por isso São Paulo é um exemplo para nós, pois não somente teve coragem de mudar TODA sua vida, afinal de contas ele juntou-se aqueles que ele perseguia de maneira implacável, unindo-se aos mesmos Cristãos aos quais ele pretendia prender.
Seu testemunho e seu amor a Deus foram as armas da qual ele fez uso para tornar-se santo. Será que hoje ao falarmos de evangelização, nós temos ao menos metade desta entrega? Tudo bem que ainda temos muito a melhorar em nossa conversão, nossa doação, mas podemos sim ter São Paulo como exemplo. Ele levou Cristo ao mundo, fez com que o que parecia ser uma “simples seita judaica” se transformasse em uma Igreja que já dura dois mil anos, tendo como pilar a levar a boa nova a TODA a criatura. E isso tudo graças a entrega de São Paulo ao Espírito Santo, deixando que cada gesto seu fosse um exemplo do que é ser SANTO.
E por mais intransponíveis que aparentem ser os obstáculos, o próprio São Paulo nos diz: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte” 2Cor 12, 9 -10. Paulo nesta passagem nos mostra que devemos ter coragem e alegria em cada momento que sofremos por Cristo, pois este sofrimento nos ajudará a trazer mais almas para o reino de Deus.
Por isso creio que devemos ser verdadeiros caçadores de almas para Deus, se tivermos isso como objetivo, tenho certeza que ajudaremos a converter corações para nosso lado. São Paulo viajou o mundo apresentando Jesus aos homens, que nós possamos invadir o mundo recolocando Cristo na vida das pessoas. Não sejamos acomodados, pois em cada momento que paramos para descansar, o demônio tenta tirar esta almas das mão de Deus.
Shalom!!!!!!!!!



Por João Cunha 

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Apóstolos

Os companheiros de Jesus
O Precursor
João, o Batista, foi quem iniciou pregações antes do Messias Prometido para preparar-lhe o caminho, de acordo com as profecias antigas, e conforme o próprio Jesus.
Primo de Jesus, nascendo seis meses antes, filho na velhice de Zacarias e Isabel. Tornou-se profeta na Judéia, alimentando-se de gafanhotos e mel silvestres e vestindo-se de peles.
Pregava no deserto a eminente vinda do Messias prometido e incitava o povo ao arrependimento dos erros e à conversão para uma nova vida, que era iniciada por um ritual de mergulho nas águas do rio Jordão, que ficou conhecido como batismo pelas águas.
Foi com o batismo de João, e com o reconhecimento deste de que Jesus era o Messias Prometido, que o Mestre começou a sua vida pública de 3 anos até a sua crucificação.
João foi preso por Herodes Antipas, rei da Galiléia, a quem havia criticado por se casar de forma ilícita com a própria cunhada, Herodíades. O rei mandou decapitá-lo para agradar a enteada, filha de Herodíades, chamada Salomé.
Jesus, após a transfiguração, descendo do monte Tabor, fala sobre João Batista em Mateus, Cap. 17, versículos 10 a 13: "Os discípulos de Jesus lhe perguntaram: O que querem dizer os doutores da Lei, quando falam que Elias deve vir antes do Messias?". Jesus respondeu: "Elias vem para colocar tudo em ordem. Mas eu vos digo: Elias já veio, e eles não o reconheceram. Fizeram com ele tudo o que quiseram. E o Filho do Homem será maltratado por eles do mesmo modo. Então os discípulos compreenderam que Jesus falava de João Batista". Esta passagem, transcrita literalmente das escrituras sagradas, prova de um modo incontestável que João Batista era a reencarnação do profeta Elias, que tinha vivido 900 anos antes.


Os Apóstolos


Diferença entre apóstolo e discípulo:
- Apóstolo: palavra derivada do grego que significa enviado. Jesus escolheu doze apóstolos e os enviou para diversos lugares para pregarem a chegada da "Boa Nova".
- Discípulo: palavra derivada do latim que significa aluno. Jesus tinha em uma época de sua vida 70 discípulos, além dos doze apóstolos para ajudá-lo.


Pedro

Irmão do Apóstolo André, era um pescador no mar da Galiléia, mais precisamente da cidade de Cafarnaun. Seu nome era Simão, mas recebeu de Jesus o sobrenome de Pedro ou Cefas, que significa pedra em grego e hebraico, respectivamente.
Junto com os irmãos Tiago e João Evangelista, fez parte do círculo íntimo de Jesus entre os doze, participando dos mais importante milagres do Mestre sobre a terra.
Existe uma passagem peculiar nos Evangelhos, em que Pedro nega por três vezes que seria Apóstolo de Jesus. Quando, como Jesus predissera, o galo cantou depois da terceira negativa, Pedro verteu-se em lágrimas.
É tido como fundador da Igreja Cristã em Roma, considerado pela Igreja Católica como o primeiro Papa. Depois da morte de Jesus, despontou-se como líder dos doze Apóstolos, aparecendo em destaque em todas as narrativas evangélicas. Exerceu autoridade na recém-nascida comunidade Cristã, apoiou a iniciativa de Paulo de Tarso de incluir os não judeus na fé cristã, sem obrigá-los a participarem dos rituais de iniciação judaica.
Foi morto em Roma no ano de 64 D.C., na perseguição feita por Nero aos cristãos, crucificado de cabeça para baixo, conforme a sua vontade, pois não se achava digno de morrer como Jesus.
Seu túmulo se encontra sob a catedral de S. Pedro, no Vaticano, e é autenticado por muitos historiadores, sendo validado pelo Papa no ano de 1968.
André
Foi o primeiro dos doze a ser chamado por Jesus. Era irmão de Pedro e também pescador. Antes de seguir o Mestre, era discípulo de João Batista, que o mandou junto com um outro não identificado (talvez João Evangelista), para segui-lo.
As tradições indicam que ele tenha ido a lugares distantes para pregar o Evangelho, e que tenha morrido em uma cruz em forma de X na Grécia, de onde o seu corpo foi levado para Constantinopla, tornando-se padroeiro desta cidade.
João Evangelista
Filho de Zebedeu e irmão de Tiago, o Maior, que junto com este e mais Pedro participaram do círculo mais íntimo junto a Jesus.
Autor do quarto evangelho, de três cartas aos cristãos em geral e do Livro do Apocalipse. O seu evangelho difere dos outros três que são chamados sinóticos ou semelhantes, sendo que a narrativa de João enfoca mais o aspecto espiritual de Jesus.
É considerado "o discípulo amado". Era muito jovem na época da vida do Mestre, e na crucificação foi designado por Jesus a tomar conta de Maria, demonstrando aí o quanto este confiava em João.
João viveu o resto de sua vida em Éfeso, juntamente com Maria, onde teria escrito o Evangelho e as cartas. Durante o governo de Domiciano, foi exilado na ilha de Patmos, onde escreveu o Apocalipse.
Morreu em Éfeso, em idade muito avançada, tomando conta da igreja que estava nesta cidade.
Tiago, o Maior
Pescador, irmão de João, o Evangelista, filho de Zebedeu, fazia parte do círculo mais íntimo de Jesus. Após a morte deste, permaneceu em Jerusalém, junto a Pedro, sendo executado em 43 D.C., por ordem do rei Herodes Agripa, logo depois da morte de Estêvão, diácono grego e exaltado pregador cristão.
Tiago, o Menor
Filho de Alfeu, conhecido também como Zebeu, tornou-se um membro altamente respeitado da recém-nascida comunidade cristã em Jerusalém. Foi um observador da normas judaicas, defendendo que estas normas deveriam fazer parte do Cristianismo. Com isso, tornou-se adversário de Paulo de Tarso nesta questão, mas também foi conciliador e um pregador fervoroso do ensino de Jesus.
Foi atacado por se recusar a denunciar os cristãos, sendo apedrejado até a morte, por ordem do sumo sacerdote Ananias.
Mateus
Também chamado de Levi, filho de Alfeu. Era publicano, ou cobrador de impostos, classe muito odiada na época de Jesus, por cobrarem impostos dos judeus para serem entregues às autoridade romanas. Escreveu o primeiro evangelho, onde dá mais ênfase ao aspecto humano e genealógico de Jesus. Pregou no norte da África depois da morte do Mestre, prosseguindo até a Etiópia, onde foi morto.
Felipe
Aparece rapidamente nos Evangelhos, não nos deixando muitas informações sobre ele. Diz-se que evangelizou na Ituréia, reunindo-se a André, no mar Negro, sendo morto na Frígia, para onde seguira.
Tomé
Também chamado Dídimo ou Gêmeo, era o terceiro apóstolo em idade depois de Pedro. Ficou famoso pelo fato de ter duvidado que Jesus tinha ressuscitado, e disse que só vendo acreditaria. Então, Jesus apareceu para ele e respondeu que muitos não iriam ver e acreditariam. Depois da crucificação, passou a pregar na Pérsia e na Índia, mas seus restos mortais são venerados na Síria.
Judas Iscariotes
Judas de Kerioth, localidade da Judéia. Dizem as tradições que este apóstolo era designado para cuidar do dinheiro comum, por ser um dos poucos instruídos.
Foi enganado pelos sacerdotes que o induziram a mostrar onde estava Jesus a troco de 30 moedas de prata, prometendo que só o prenderiam durante as festividades da Páscoa Judaica.
Depois que viu a crucificação de Jesus, Judas, amargamente arrependido, jogou as 30 moedas aos pés dos sacerdotes, indo se enforcar. Estes pegaram o dinheiro e compraram um terreno para servir de cemitério aos estrangeiros, sendo posteriormente chamado de Campo do Sangue.
Judas Tadeu
Também chamado Lebeu Tadeu, é um dos doze citados nominalmente por Mateus e Marcos. Contam as tradições que trabalhou na Mesopotâmia e na Pérsia.
Bartolomeu
Também chamado de Natanael no Evangelho de João, evangelizou na Armênia, junto ao Mar Negro, onde, segundo uma lenda posterior, foi esfolado vivo, vindo a morrer.
Simão, o zelote
Era chamado assim porque pertencia a uma seita chamada de "Os Zelotes, ou zeladores", que lutava para a libertação de Israel dos Romanos. Seita ultra-nacionalista e não religiosa. Simão permaneceu na Palestina pregando o Evangelho.



Por Amanda

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Transubstanciação


Não hás de ver o pão e o vinho simplesmente como elementos naturais, porque o Senhor disse expressamente que são o seu Corpo e o seu Sangue: a fé te assegura, ainda que os sentidos possam sugerir-te outra coisa”. São Cirilo de Jerusalém

Transubstanciação é o conjunto das palavras latinas “trans” (além) e “substantia” (substância), ou seja, a hóstia muda sua substância extraordinariamente. Assim, através da graça do Espírito Santo, ocorre a conversão total do pão no Corpo de Cristo; e do vinho, no Seu Sangue. Ocorre no momento eucarístico da Missa, mais especificamente quando o Padre, IN PERSONA CHRISTI (em pessoa de Cristo), cita a passagem em que Cristo instituiu a Eucaristia: “Pegando o cálice, deu graças e disse: ‘Tomai este cálice e distribuí-o entre vós. Pois vos digo: já não tornarei a beber do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus’. Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: ‘Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim’. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: ‘Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado por vós... ’ ”Lc 22, 17, 20. Quando ocorre tal fenômeno, a hóstia torna-se o Corpo, Sangue, Alma e Divindade sem haver nenhuma mudança nas propriedades físicas, como sua forma, seu gosto, seu cheiro. Essa é a forma que o fiel tem para se unir a Cristo.

Segundo o catecismo, “Porque Cristo, nosso Redentor, disse que o que Ele oferecia sob a espécie do pão era verdadeiramente o seu corpo, sempre na Igreja se teve esta convicção que o sagrado Concílio (de Trento) de novo declara: pela consagração do pão e do vinho opera-se a conversão de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu sangue; a esta mudança, a Igreja católica chama, de modo conveniente e apropriado, transubstanciação”. Pg. 1376

Houve, na cidade italiana de Lanciano na Igreja do mosteiro de São Legoziano, por volta dos anos 700, o milagre de Lanciano. Eis a história:
Entre os monges do mosteiro de São Legoziano havia um monge que se fazia notar mais por sua cultura mundana do que pelo conhecimento das coisas de Deus. Sua fé parecia vacilante, e ele era perseguido pela dúvida de que a hóstia consagrada fosse verdadeiro Corpo de Cristo; e o vinho, Seu verdadeiro Sangue. Certa manhã, celebrando a Santa Missa, após proferir as palavras da Consagração, a hóstia converteu-se em Carne viva; e o vinho, em Sangue vivo.  Apresentava, como ainda hoje se pode observar, uma coloração ligeiramente escura e tinha uma aparência fibrosa; o Sangue era de cor terrosa (entre amarelo e o ocre), coagulado em cinco fragmentos de formas e tamanhos diferentes. Desde 1713, até hoje, a Carne passou a ser conservada numa custódia de prata; e o Sangue, num cálice de cristal. E em 1902 as relíquias foram colocadas no segundo tabernáculo do altar monumental, cidade Lanciano, onde permanece até hoje. Em 1970, os Frades Menores Conventuais convidaram o Dr. Odoardo Linoli, assessorado pelo Prof. Ruggero Bertelli, para examinar tal milagre. Após alguns meses de trabalho, exatamente a 4 de março de 1971, os pesquisadores publicaram um relatório contendo o resultado das análises:
•  A Carne é verdadeira carne;
•  Sangue é verdadeiro sangue;
•  A Carne é do tecido muscular do coração (contém, em seção, o miocárdio, endocárdio, o nervo vago e, no considerável espessor do miocárdio, o ventrículo cardíaco esquerdo);
•  A Carne e o Sangue são do mesmo tipo sangüíneo (AB) e pertencem à espécie humana;
•  No Sangue foram encontrados, além das proteínas normais, os seguintes minerais: cloreto, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio. As proteínas observadas no Sangue encontram-se normalmente fracionadas em percentagem a respeito da situação de seroproteínica do sangue vivo normal. Ou, seja, é sangue de uma pessoa VIVA;
•  A conservação da Carne e do Sangue, deixados em estado natural por doze séculos e expostos à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos constitui um fenômeno extraordinário;
Sobre suas conclusões sobre os exames feitos escreveram tal texto: “’E o Verbo se fez Carne!’ - E o impressionante é que é a Carne do Coração. Não a carne de qualquer parte do Corpo adorável de Jesus, mas a do músculo que propulsiona o Sangue e, portanto,  a vida ao corpo inteiro; do músculo que é também o símbolo mais manifesto e o mais eloqüente do amor do Salvador por nós.” Logo, guardemos isto: na Eucaristia eu recebo o Cristo todo inteiro. É verdadeiramente que se dá e que eu como.


Por Lu Zini




OBS: Desculpem a demora, mas nosso convidado para escrever ficou doente, e tivemos que trocar de "escritor" de última hora, por isso o atraso. Grato, Cassiano.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Tirinha =D















OBS: O bonequinho que está com Deus nessa tira é o Adão, e a bonequinha da tira anterior é Eva :D Na anterior a da Eva, é Einstein, e nas duas primeiras Freud, esqueci de explicar :P


Tirinha de Carlos Ruas

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Sacrário


Sacrário ou tabernáculo é um pequeno cofre colocado sobre o altar para guardar a píxide ou o ostensório, onde está a Eucaristia. Em muitos casos está situado na Capela do Santíssimo.



História
Na Igreja Primitiva, sacerdotes e leigos, após tomarem pão consagrado nas celebrações eucarísticas, os guardavam nos sacrários a fim de dá-los para os doentes e outros que não conseguiram assistir à celebração. Quando se iniciou a paz na Igreja, terminando a perseguição aos cristãos, foi estabelecida a prática de manter a Eucaristia sempre nestes recipientes. Quando as condições financeiras tornavam possíveis, o recipiente era feito geralmente de ouro, com uma pomba dentro normalmente de prata.



Do Catecismo da Igreja Católica
“Pela consagração, opera-se a transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo. Sob as espécies consagradas do pão e do vinho, o próprio Cristo, vivo e glorioso, está presente de modo verdadeiro, real e substancial, com seu Corpo e seu Sangue, sua alma e divindade.Uma vez que Cristo em pessoa está presente no Sacramento do Altar, devemos honrá-Lo com culto de adoração. [A visita ao Santíssimo Sacramento é uma prova de gratidão, um sinal de amor e um dever de adoração para com Cristo nosso Senhor].”
( Catecismo da Igreja Católica, 1413, 1418)


Testemunho
Foi ao ouvir a profecia "Meus filhos, tenho-Me sentido muito sozinho no Sacrário. Venham visitar-Me", que o meu coração se sentiu fortemente tocado. E foi assim que tudo começou. Aquela frase não me saía do pensamento, até que decidi entrar numa Igreja só para falar com Ele. Depois fui no dia seguinte e no outro e agora não consigo passar um dia sem ir ao Seu encontro. Tenho sentido uma alegria imensa e aguardo ansiosa que chegue a hora de O ir visitar. As nossas conversas não são muito longas, mas o tempo que estou em Sua casa é o suficiente para ganhar força e confiança. Agradeço-Lhe por aquele dia, pelo trabalho, pela família, pelos amigos, pela saúde.
Eu sou tão feliz por tê-Lo comigo! Quando estou com alguma dificuldade, que não consigo ultrapassar, entrego-Lhe tudo, pois sei que Ele resolve.Estou ali a falar com Ele como se fosse com uma outra pessoa. Conto-lhe como foi o meu dia, onde é que agi mal, onde me senti bem, intercedo por outras pessoas, agradeço-lhe por tudo, peço-lhe ajuda, e, principalmente, mostro-lhe sempre a minha inteira disponibilidade para o que Ele quiser. É tão bom estar diante Dele e reconhecer que sem Ele nada somos. E como Ele precisa de nós! Mas não tenhamos a pretensão de querermos fazer tudo sozinhos, pois sem Ele nada conseguiremos.
Quantas vezes lhe peço perdão pelas minhas faltas, pelos meus pecados, pela falta de fé, pela falta de paciência. E Ele está sempre ali ao nosso dispor para nos escutar, perdoar e acolher. Sinto uma paz tão grande e uma proteção tal que me custa ir embora, mas eu sei que Ele vai comigo.




Não se tem muito o que falar, após esse testemunho. Ele resume de forma clara como é Deus, amigo, confiável, acolhedor, enfim, o nosso Pai, que nos ama independente de cor, raça, sexo, time. Nos ama pelo que somos. Por isso, devemos retribuir isso. O testemunho acima nos mostra também, como é bela a vida com Deus, como é bom e bonito tê-Lo em nossos corações. Muitos podem achar isso que foi citado no testemunho, uma besteira. Mas para essas pessoas eu faço um pedido: antes de falar ou pensar qualquer coisa, experimentem essa situação. Experimentem falar com Ele, pois garanto que, a partir do momento que vocês fizerem isso, suas vidas irão mudar, para melhor, claro, e assim como a pessoa do testemunho, vocês irão sentir uma alegria muito grande, pelo simples fato de saber que Ele está sempre do seu lado. 




Por Cassiano





segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Tirinha =D










Tirinha de Carlos Ruas

As tentações de Jesus

Depois de ser batizado por João Batista, Jesus foi para o deserto onde ficou em oração e jejum por mais de um mês. Durante esses dias, no isolamento e recolhimento espiritual a que se submeteu, Ele foi tentado pelo demônio ou por algum espírito ruim, ou se confrontou com forças negativas – as explicações são variadas. O demônio tentou desviar Jesus do caminho correto. Para isto tentou fasciná-Lo com promessas de bens terrenos.

1ª tentação: Não comeu nada nestes dias e, depois disso, sentiu fome. Então o diabo disse a Jesus: “Se Tu és o Filho de Deus, manda que esta pedra se torne pão.” Jesus respondeu: A escritura diz: “Nem só de pão vive o homem.” (Mateus 4: 3,4).
Jesus tinha um objetivo e estava fazendo um sacrifício para atingir este objetivo. O demônio propôs a Jesus que não se sacrificasse, e que usasse o Seu poder para conseguir o pão e não o “Pão da Vida” espiritual que estava buscando. O desafio era uma cilada para que Jesus se mostrasse orgulhoso do Seu poder e começasse a utilizá-lo segundo as leis do demônio e dos homens e não segundo a vontade de Deus. Ele, então, entende o fato e coloca a vontade de Deus acima de qualquer desejo do demônio.

2ª tentação: Jesus está no alto de uma montanha. De lá pode-se ver o horizonte e imaginar toda a extensão de terra que forma os mais diversos reinos. O demônio disse: “Eu te darei todo poder e riqueza destes reinos, porque tudo isto foi entregue a mim, e posso dá-lo a quem eu quiser. Portanto, se ajoelhares diante de mim, tudo isto será teu. “Jesus respondeu: “Você adorará o Senhor seu Deus e somente a Ele servirá.” (Mateus 4: 6,8)
O demônio tentou fascinar Jesus com a proposta de poder. Bastava Ele se tornar igual a tantos outros que queriam dominar os povos e submetê-los à situações injustas que Ele teria todo o poder e o apoio do demônio para dominar estes reinos. Mas Jesus disse: Não. Ele decidiu tomar o caminho que Deus havia lhe reservado: revelar as verdades fundamentais da vida, contribuir para a evolução espiritual do mundo, servir de exemplo positivo de amor e bondade para toda a humanidade através dos séculos. 

3ª tentação: Jesus estava em Jerusalém, na parte mais alta do Templo. O demônio Lhe disse: “Se Tu és Filho de Deus, joga-Te daqui para baixo. Por que a escritura diz: “Deus ordenará a teus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado.” [...] “Eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em nenhuma pedra.” Mas Jesus respondeu: A Escritura diz: “Não tente o Senhor teu Deus.”” (Mateus 4: 9,12)
Deus protege aqueles que trilham um caminho correto. Se Jesus fizesse o que o demônio queria, Ele não estaria trilhando o caminho correto. Ele estaria colocando Deus à prova. E a verdade é que devemos confiar e nos entregar a Deus.
Se Jesus saltasse do alto do Templo e saísse vivo, com certeza Ele seria aclamado como alguém poderoso e teria inúmeros admiradores prontos para segui-Lo. Jesus, porém, sabia que seu caminho era revelar que todo este poder é ilusão, sendo verdadeiro apenas aquilo que podemos levar para o “além da vida”, onde nossa vida dura um infinito. E nós só levamos para o além vida o que é importante para Deus: valores morais, atos de justiça e amor ao próximo, nosso crescimento interior, caridade, entre outros. Ou seja, Jesus veio revelar a realidade além morte, que a vida continua e que lá só importa a realização da Obra de Deus.

Mateus escreve que depois destas tentações o demônio foi embora para voltar em um momento mais oportuno. É provável que Jesus tenha sido tentado outras vezes. Nós também somos constantemente tentados, principalmente pelo nosso egoísmo, sede de poder, ambição, vaidade, etc. Ou seja, nós possuímos um demônio interior que tenta nos distanciar do caminho do bem, da verdade e da justiça. Por isto a importância do dito: “orai e vigiai”.






Jesus, mais uma vez, nos mostra quem é e o quão humilde é, ao negar o Demônio, e não se sentir orgulhoso do Seu poder, e não querer provar nada para ninguém, apenas, seguir a vontade de Deus. E mostra que todos têm necessidades que devem ser satisfeitas com uma vivência espiritual, ao dizer que nem só de pão vive o homem.
A obra de Jesus permanece até hoje, já as obras dos dominadores e imperadores teve um fim. O demônio sempre nos tenta, para que sejamos aproveitadores e dominadores, mas Jesus nos ensinou que devemos servir e ajudar, e que assim seremos mais justos, mais felizes e teremos maior realização interior.
Ele foi inteligente ao dizer não. Mas nem sempre aconteceu assim. Alguns profetas ou homens de religião resolveram lutar pelo poder e até partiram para a guerra, desviando-se assim, do caminho correto. Estes falaram coisas corretas, mas também muitas coisas incorretas. Por isto devemos ter discernimento e bom senso quando lemos coisas que eles escreveram ou analisamos seus exemplos de vida.
É importante estudarmos continuamente e profundamente os ensinamentos de Deus, a fim de conseguirmos, com o uso do conhecimento, sairmos da cilada armada por aqueles que utilizam a própria palavra de Deus desfocada da Vontade de Deus.
Somos humanos, erramos, mas cabe a cada um de nós escolhermos o caminho que queremos seguir, e o melhor caminho, é seguir a vontade de Deus. As tentações sempre existiram, mas precisamos contorná-las. O demônio está sempre perto de nós, nos rondando, e tentando nos levar ao caminho errado. Mas lembrem-se: Deus nos ama, e está sempre conosco. Se erramos, devemos aprender com esses erros, e mudar, por mais difícil que seja. Ele sempre vai estar de braços abertos a nossa espera. Pensem antes de tomar qualquer decisão, analisem bem. Podemos melhorar. É difícil, as tentações são muitas, e digamos, são fortes, as vezes mais fortes que nós mesmos. Mas temos que confiar Nele, e saber que Nele e com Ele, nós podemos. Orem, glorifiquem, dêem graças a Ele. Ele nos deu um grande exemplo. Por que não nos esforçarmos para seguirmos Ele. Devemos tentar seguir este exemplo, e sempre negar ao Demônio, porque essa é a vontade de Deus, e é por Deus que nós lutamos, que nós enfrentamos o mal. Seguindo os exemplos de Jesus tornaremos este exército cada  vez mais forte, e cada vez mais abalaremos o mal.


Amem e glorifiquem Aquele que por nós deu a vida, que nos ensina a sermos bons e humildes, e seguir e respeitar a vontade de Deus. Amem JESUS.



Por Cassiano