quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Batismo

1) Para que existe o Batismo?
Adão e Eva pecaram gravemente, desobedecendo a Deus, querendo ser iguais a Deus.
Foram, por isso, expulsos do Paraíso. Passaram a sofrer e a morrer.
Deus castigou-os e transmitiu a todos os filhos de Adão, ou seja, a todos os homens, o pecado original.
Mas Deus prometeu a Adão e Eva que enviaria seu próprio Filho, segunda Pessoa da Santíssima Trindade, que seria igualmente homem, para morrer na Cruz e pagar assim o pecado de Adão e Eva e todos os outros pecados.
Mas não basta que Jesus tenha morrido na Cruz. É preciso ainda que essa morte de Jesus seja aplicada sobre as almas para que elas reencontrem a amizade de Deus, ou seja, se tornem filhos de Deus e tenham apagado o pecado original.
Foi então para aplicar seu Sangue derramado na Cruz sobre nossas almas que Jesus instituiu o Sacramento do Batismo.
 
2) Quando foi que Jesus instituiu o Batismo?
Jesus instituiu o Batismo logo no início da sua pregação, quando entrou no rio Jordão para ser batizado por São João Batista. O Batismo de João não era uma Sacramento. Só quando Jesus santifica as águas do Jordão com sua presença e que a voz do Pai se faz ouvir: “Este é meu Filho bem amado, em quem pus minhas complacências”, e que o Espírito Santo aparece sob a forma de uma pomba (foi então uma visão da Santíssima Trindade), é que fica instituído o Batismo.
Essa instituição será confirmada por Jesus quando Ele diz a seus Apóstolos: “Ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”
Leia na Bíblia, no Evangelho de São Mateus, o Capítulo 3, Versículo 13.
 
3) Matéria e Forma
Jesus instituiu, então, o Batismo e determinou que seria usada a água como matéria desse Sacramento. Foi também Jesus quem determinou a forma: “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
O rito da Batismo consiste assim em derramar água na cabeça da pessoa que vai ser batizada, ao mesmo tempo em que se diz a forma.
Mas só isso não basta. É preciso ainda que o ministro tenha a intenção de fazer o que faz a Igreja Católica no Sacramento do Batismo.
A Santa Igreja acrescentou também diversas orações preparatórias que completam a cerimônia. Quem já assistiu a um Batismo sabe que o Padre usa o sal bento, o óleo dos catecúmenos, o Santo Crisma, entrega a vela acesa aos padrinhos, veste a roupa branca no batizado e, principalmente, reza as orações contra o demônio, para que o pai da mentira nem se aproxime do batizado. Esse é o batismo Católico, o único instituído por Jesus, o único capaz de nos tornar filhos de Deus.
 
4) O Ministro do Batismo
Normalmente, o ministro do Batismo é um Padre. É ele quem recebeu de Deus o poder de trazer a Fé ao coração da pessoa batizada, tornando-a filha de Deus.
Mas pode acontecer que seja preciso batizar às pressas alguém. Se não houver um Padre por perto, qualquer pessoa pode batizar, desde que queira fazer o que a Igreja Católica faz no Batismo, que use água e diga as palavras da forma do Batismo.
Além da pessoa que está sendo batizada, do ministro que batiza, há também, na cerimônia do Batismo, os padrinhos, que seguram a criança. Normalmente escolhe-se para padrinhos um homem e uma mulher. Eles devem ser bons católicos, pois a função dos padrinhos é dar o exemplo, ajudar aos afilhados a aprender o Catecismo, a rezar, a conhecer e amar a Deus. São os padrinhos que respondem no nosso lugar as perguntas que o ministro faz durante a cerimônia.
 
5) Os efeitos do Batismo
O Batismo nos dá, pela primeira vez, a graça santificante, que é a amizade e a presença de Deus no nosso coração. Junto com a graça recebemos o dom da Fé, da Esperança e da Caridade, assim como todas as demais virtudes, que devemos procurar proteger no nosso coração.
Apaga o pecado original.
Apaga os pecados atuais e todas as penas ligadas aos pecados.
Imprime na nossa alma o caráter de cristão, fazendo de nós filhos de Deus, membros da Santa Igreja Católica e herdeiros do Paraíso.
Nos torna capazes de receber os outros Sacramentos.
Por isso tudo, vemos que o Batismo é absolutamente necessário para a salvação. Só entra no Céu quem for batizado.
 
6) Existem três tipos de Batismo
Além do Batismo da água, o normal, existem ainda dois outros modos de recebermos o Batismo: o Batismo de sangue e o Batismo de desejo.
O Batismo de sangue é recebido por uma pessoa que, sem nunca ter sido batizada, seja morta por defender a Fé católica. Foi o caso de muitos mártires que morreram por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.
O Batismo de desejo é recebido por uma pessoa que, sem ter como chegar até um Padre, morre sem poder receber o Batismo que desejava receber. Qualquer desses três modos de receber o Batismo é suficiente para nos dar a Fé e assim nos permitir ir para o Céu.





Por Taylor

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tirinha =D









Tirinha de Carlos Ruas

Cores litúrgicas

A Paz de Jesus!

No breve texto de hoje, vamos apresentar uma introdução às cores litúrgicas e ao seu significado.

O uso de cada cor pretende manter a harmonia com a época que a Igreja vive, colocando alguma atitude em evidência – seja de penitência, festa, luto, esperança, etc.

A cor é utilizada em vários objetos, como por exemplo, o antepêndio (parte frontal) do altar e o véu do tabernáculo. Também se aplica às vestes dos celebrantes, de maneira mais visível, na estola, na casula, etc.

O Rito Romano define cinco cores para a liturgia: branca, vermelha, verde, roxa e preta.

Branca: é utilizada no Domingo da Santíssima Trindade, nas festas de Nosso Senhor Jesus Cristo (exceto a Paixão), de Nossa Senhora, dos anjos, confessores, virgens, de vários santos e santas que não foram mártires, em Missas Nupciais, Batismos, na festa de Todos os Santos, e principalmente em ocasiões mais festivas. Entretanto, também é usada nos velórios de crianças. Simboliza luz, pureza, inocência, alegria e glória.

Vermelha: usada nas festas dos apóstolos e mártires, em Pentecostes, na Paixão, na Exaltação da Santa Cruz, etc. Lembra fogo (caridade ardente) e sangue (sacrifício dos mártires).

Verde: usada no chamado Tempo Comum. Indica a esperança da vida eterna.

Roxa: a cor roxa aparece nas Missas durante a Quaresma e o Advento. Usa-se também nos Sacramentos da Penitência e da Unção dos Enfermos. Significa penitência, conversão. No quarto domingo da Quaresma (Laetare) e no terceiro domingo do Advento (Gaudete), pode ser substituída pela cor rosa, por serem dias de mais alegria no meio dos tempos de penitência.

Preta: usada em velórios, simboliza o luto. Têm sido substituída pela cor roxa.

 

Em todas Missas, em todas as igrejas do mundo, em um mesmo dia, estará sendo usada uma mesma cor (exceto por festas e solenidades locais).

Rezamos para que, com essa leitura e com o reconhecimento das práticas litúrgicas orientadas pela nossa Mãe Igreja, possamos cada dia mais viver em sintonia com Ela e com Jesus Cristo, e valorizar em especial o Santo Sacrifício da Missa, onde ele está vivo, à nossa frente, no mesmo sacrifício da Cruz!

Amém!

Fonte de consulta: http://www.newadvent.org/cathen/04134a.htm




Por Tobias

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Tirinha =D










Tirinha de Carlos Ruas

Vestes Litúrgicas

Amito - É um lenço de linho, branco, que recobre as costas, os ombros e o pescoço do sacerdote. Recorda o pano com que os soldados vendaram os olhos de Jesus, para melhor ludibriarem-No. Simboliza o capacete da fé, com o qual venceremos os nossos inimigos. Ao vesti-la, o sacerdote faz a seguinte oração: "Colocai, Senhor, sobre a minha cabeça, o capacete da salvação, para que eu possa resistir às ciladas do demônio".


Alva - É uma túnica talar, de linho branco, que recobre todo o corpo. Recorda a túnica branca de escárnio com que Herodes mandou vestir Jesus. Simboliza a pureza do coração. Ao vesti-la, o sacerdote reza: "Fazei-me puro, Senhor, e santificai o meu coração, para que , purificado com o Sangue do Cordeiro, mereça fruir as alegrias eternas".


Cíngulo - É um cordão branco ou da cor dos paramentos, de seda, linho ou algodão, com que o sacerdote se cinge à cintura. Recorda as cordas com que Jesus foi atado pelos algozes. Simboliza o combate às paixões e a pureza do coração. Ao cingir-se com o cíngulo, o sacerdote reza: "Cingi-me, Senhor, com o cíngulo da pureza e extingui em meu coração o fogo da concupiscência, para que floresça em meu coração a virtude da caridade".



Manípulo - É uma faixa de pano, do mesmo tecido e cor da casula. Tem uns 40 cm de comprimento e uns 12 de largura. É preso ao braço esquerdo. Recorda as cordas com que Jesus foi manietado. Simboliza o amor ao trabalho, ao sacrifício e às boas obras. Ao acomodá-la ao braço, o sacerdote reza: "Que eu mereça, Senhor, trazer este manípulo de dor e penitência, para que possa, com alegria, receber os prêmios dos meus trabalhos".


Estola - É uma faixa de pano, do mesmo tecido e cor da casula e do manípulo. Mede uns oito palmos de comprimento e uns 12 cm de largura. Dá a volta ao pescoço, cruzando ao peito e passando sob o cíngulo, à altura da cintura. Recorda as cordas com que Jesus foi puxado ao Calvário. Simboliza o poder espiritual do sacerdote, bem como a nossa dignidade de cristão e penhor de imortalidade. Ao vesti-la, o sacerdote reza: "Restituí-me, Senhor, a estola da imortalidade que perdi pelo pecado dos nossos primeiros pais; e ainda que eu seja indigno de acercar-me aos vossos Santos Mistérios, possa, contudo, merecer a felicidade eterna.



Casula - É a última veste que o sacerdote usa, por cima de todas as outras. Tem, geralmente, atrás, uma grande Cruz. Recorda a túnica inconsútil de Nosso Senhor, tecida, segundo a tradição, por Nossa Senhora. No Calvário, os soldados não quiseram retalhá-la, mas sortearam-na entre si. Simboliza o suave jugo da Lei de Deus que devemos levar, e que se torna leve para as almas generosas. Ao vesti-la, o sacerdote reza: "Ó Senhor, que dissestes: ' o meu jugo é suave e o meu fardo é leve' (Mt 11, 30); fazei que eu possa levar a minha cruz de tal modo que possa merecer a vossa graça".



Dalmática - É uma túnica originária da Dalmácia. É usada pelo diácono nas Missas solenes. O subdiácono usa, nas Missas solenes, a tunicela, bastante parecida com a dalmática, mas que deve ser um pouco mais curta e menos adornada que esta.





Pluvial - É uma capa comprida, usada pelos antigos em tempos de chuva, como indica o seu mesmo nome. Atrás, em cima, há uma dobra ou capucho, com que os antigos se cobriam a cabeça, à semelhança de algumas capas impermeáveis modernas. O sacerdote a usa nas Bênçãos do Santíssimo Sacramento, nas procissões e outras funções litúrgicas solenes.





Batina ou hábito- Veste talar dos ábades, padres e religiosos, cujo uso diário é aconselhado pelo Vaticano. Alguns sacerdotes fazem o uso do Clerical ou "Clericman" como meio de identificação, sendo esta uma peça única de vestuário, ou seja, um colarinho circular que envolve o pescoço com uma pequena faixa branca central.


Tonsura - Corte circular, rente, do cabelo, na parte mais alta e posterior da cabeça, que se faz nos clérigos, também denominado cercilho ou coroa, em desuso. A "Prima Tonsura" consiste em cerimônia religiosa em que o prelado, conferindo ao ordinando o primeiro grau de clericato, lhe dá a tonsura.





Por Cassiano

Como foi criado o Vaticano?

Em setembro de 1870, quando as tropas de Vittorio Emanuelle II, proclamado rei da recém-unificada Itália, subjugaram e anexaram a cidade de Roma, o papa Pio IX enclausurou-se nos muros do Vaticano. A essa altura, o Risorgimento (ressurgimento) italiano já havia tomado a maioria dos estados papais, e o pontífice, para não se submeter à nova ordem política, rompeu relações com a monarquia e declarou-se um prisioneiro do poder laico. O mal-estar entre o estado e a Igreja finalmente chegou ao fim em fevereiro deste ano, quando o papa Pio XI e o ditador fascista Benito Mussolini, assinaram o Tratado e o Concordato de Latrão, que determinaram a criação do estado soberano do Vaticano, reconheceram o catolicismo como religião oficial da Itália e ainda garantiram à Santa Sé uma polpuda compensação financeira pelas anexações dos rincões papais. Livre depois de quase seis décadas, é o Santo Padre que agora se esbalda com seus poderes de chefe-de-estado, literalmente mandando prender e mandando soltar dentro do Vaticano.
Com a garantia da indenização da administração italiana, de 750 milhões de liras, à vista, e de um bilhão de liras em títulos do governo, o chefe da Santa Sé começou a estruturar uma respeitável aparelhagem estatal. Já existia um diário oficial, o L’Osservatore Romano, e Pio XI, de acordo com seus assessores próximos, planejou estruturar uma rádio oficial para alardear o cristianismo e, claro, a palavra papal. O maior candidato para tocar a empreitada é Guglielmo Marconi. Circulava a moeda corrente do Vaticano, a lira vaticana, com a efígie do sumo pontífice, também aceita na Itália e que tinha valor parelho ao da lira italiana. O serviço postal do Vaticano foi inaugurado. Já o Corpo da Gendarmaria Pontifícia e o Corpo da Guarda do Papa, com suas coloridas fardas desenhadas por Michelangelo, ganharam ainda mais liberdade dentro do Vaticano para assegurar a proteção do agora chefe de estado Pio XI.
Para completar, foi promulgada a Lei Fundamental do Estado do Vaticano, que deu ao sucessor de São Pedro a plenitude dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário no enclave de 0,44 km2 ao norte de Roma e em mais doze edifícios espalhados pela cidade, incluindo o Palácio de Castelgandolfo. Os bens da Santa Sé, sua administração, a biblioteca, o arquivo, a livraria e a tipografia do Vaticano também estavam diretamente subordinados à vontade do pontífice. Tal lei criou a figura do governador, que pode criar regras para a ordem pública na cidade-estado, com a aprovação do Conselho. Porém, a escolha do governador era exclusiva do papa, e podia por ele ser revogada a qualquer momento. Qualquer semelhança com os plenos poderes de Mussolini não era mera coincidência – ao menos para os cartunistas locais, que não se cansavam de produzir caricaturas retratando Pio XI envergando a camisa negra do fascismo e o Duce com a tiara papal em sua careca.



OBS.: Peço desculpa pelo atraso, devido a correria da faculdade, as matérias atrasaram um pouco, mas se tudo correr bem, voltará ao normal.


Por Cassiano